No ano passado Ponta Grossa registrou um crescimento quatro vezes maior do que o brasileiro na sua geração de riquezas. A pedido do jornal Diário dos Campos, a Secretaria Municipal da Fazenda fez um levantamento do valor adicionado (VA) das empresas ponta-grossenses no último ano, que apontou uma alta de 4,3% frente aos 1,1% de variação do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
Assim como o PIB, o VA é um mensurador da riqueza gerada por uma companhia e, conforme explica o gestor da Fazenda, é um indicador que compõe o próprio PIB. “Entram na soma do valor adicionado apenas as empresas geradoras de ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços]. Somando estas à s que não são tributadas por este imposto temos o PIB de um local; ou seja, ainda que considerando menos empresas na conta mesmo assim registramos o quádruplo da variação da economia brasileiraâ€, aponta Cláudio Grokoviski, afirmando que entre as categorias de empresas que não pagam ICMS e, portanto, não são enquadradas no valor adicionado, estão construtoras, bancos, hospitais, correios, entre outras.
Dos R$ 8,69 bilhões de VA que Ponta Grossa somou em 2018, aproximadamente R$ 4,84 bilhões são provenientes da indústria, R$ 2,01 bilhões do comércio, R$ 1,36 bilhão dos serviços e R$ 466,6 milhões da produção primária. Comparando os números aos resultados verificados no ano anterior o setor que mais se destaca é o comércio, com de 8,57%, seguido dos serviços (4,08%), da indústria (2,85%) e da produção primária (2,55%) – todas altas nominais, sem desconto da inflação (que fechou 2018 em 3,75%, segundo o IBGE).
Em termos numéricos os incrementos foram de R$ 159,06 milhões no comércio, R$ 134,51 milhões na indústria e R$ 53,56 milhões nos serviços – na variação anterior, de 2016 para 2017, as variações foram, respectivamente, R$ 47 milhões, R$ 107,8 milhões e R$ 31,4 milhões.
“Os números mostram que o comércio está reagindo, o que é um bom sinal porque isso puxa os outros setores; eles têm que comprar da indústria e contratar prestadores de serviços como para transporte, segurança, limpeza…â€, destaca o secretário municipal de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, José Loureiro. “Esse crescimento também é uma consequência do processo de industrialização de Ponta Grossa, que já sente os primeiros efeitos imediatamente, com a geração de empregos e investimentos, e ainda posteriormente na arrecadação de tributos, o que deve incrementar ainda mais esses resultados nos próximos anosâ€, opina Loureiro.
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